Filho de Étienne Pascal e Antoniette Bejon, Blaise Pascal nasceu a 19 de junho de 1623, em Clermont-Ferrand, na França. "Quando tinha apenas três anos, Blaise perdeu a mãe e, como era o único filho do sexo masculino, o pai encarregou-se diretamente da sua educação. Étienne desenvolvia um método singular de educação do filho, com exercícios de diversos tipos para despertar o apego a razão e ao juízo correto. Geografia, história e filosofia eram disciplinas ensinadas, sobretudo, por meio de jogos. Étienne acreditava, entretanto, que aulas de matemática só deveriam ser mantidas ao filho quando este estivesse mais maduro." (Falceta, 1998b)
Dessa forma, mantinha longe do menino os grossos livros de matemática. O pequeno teve, no entanto, despertada sua curiosidade sobre aqueles "estranhos" assuntos. De conversas que ouvia ou de obras que passavam pela censura do pai, logo descobriu as maravilhas da ciência dos números. Mesmo sem professor ou livro guia, passou a desenvolver seus estudos. "Um dia, o pai flagrou-o desenhando no piso figuras geométricas com carvão. Estavam ali, por intuição, várias das proposições da matemática de Euclides. Pascal chegou à 32a. fórmula proposta no livro 1 do velho sábio. Foi dado ao inquieto menino, então, permissão para que avançasse livremente sobre aqueles ramos do conhecimento.
Pascal juntou-se aos sábios do círculo de Mersenne quando tinha 13 anos de idade. Ali, pode colecionar informações para desenvolver mais rapidamente seus trabalhos. Aos 17 anos, descobriu e publicou uma série de teoremas em geometria projetiva, fundamentais ao desenvolvimento tecnológico futuro, no campo da aviação." (Falceta, 1998c) Mais tarde, para ajudar o pai, sempre ocupados com números, dedicou-se a criar uma máquina de calcular. Por imaginar a revolução no futuro das máquinas de pensar, Pascal é o nome de um importante e famoso programa de base para computadores, usado em todo mundo. Pascal desenvolveu importantes estudos que tiveram como inspiração as descobertas do italiano Torricelli sobre a pressão atmosférica.
A partir de 1647, Pascal passou a dedicar seus dias à aritmética. Desenvolveu cálculos de probabilidade, a fórmula de geometria do acaso, o conhecido Triângulo de Pascal e o tratado sobre as potências numéricas.
Mas o trabalho excessivo minou a sua saúde, débil por constituição, e ele caiu gravemente enfermo. Em 1648 freqüentou, com sua irmã Jacqueline, os seguidores de Saint-Cyran, que o levaram ao misticismo de Port-Royal. Depois da morte do pai, deu fervor religioso arrefeceu um pouco, iniciando-se o chamado período mundano de Pascal, devido em parte à proibição médica de dedicar-se a trabalhos intelectuais, prejudiciais à sua saúde, e em parte, de praticar exercícios de penitência. Mme. Perier, sua irmã, observa, porém, que neste período, "por graça de Deus, Pascal manteve-se longe dos vícios". A crise mundana foi superada na noite de 23 de novembro de 1654, graças a uma espécie de visão mística. Em recordação daquela noite, Pascal escreveu o seguinte Memorial:
Ano da graça de 1654, segunda-feira, 23 de novembro, dia de São Clemente, Papa mártir, e de outros no martirológio. Vigília de São Crisógono, mártir, e de outros. Das dez horas e meia da noite, mais ou menos, até cerca de meia-noite e meia. Fogo.
fonte: hottopos.com.br
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